Alanis Morissette traz nessa música um estilo de educação parental baseado em padrões rígidos. Crianças que vivenciam esse tipo de educação podem desenvolver esquemas emocionais disfuncionais como tendência ao perfeccionismo e baixa autoestima. Uma educação baseada na validação emocional e na aceitação da criança costuma ser o melhor caminho. Quem quiser ver a letra da música, segue o link: https://m.vagalume.com.br/alanis-morissette/perfect-traducao.html

Mas o que são esquemas?

Eu costumo explicar para os meus pacientes que eles são uma espécie de conjuntos de imagens, sensações, memórias que ao longo da vida tornam se padrões emocionais e comportamentais.

Algumas pessoas podem ainda questionar: Como são formados?

Desde muito pequenos, vamos armazenando informações sobre o nosso mundo, pois o ser humano precisa de estabilidade. A partir daí, começamos a construir nossas crenças sobre nós mesmos, os outros, o mundo e o futuro. Nesse processo, algumas crenças podem ter sido formadas utilizando poucos dados e acabam sendo distorcidas e disfuncionais muitas vezes, o que começa a trazer sofrimento em algumas fases da vida.

No processo terapêutico, o terapeuta juntamente com o paciente, identificam as crenças e a partir daí podem ressignifica las e construir novos esquemas mais saudáveis.


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O comportamento alimentar é desenvolvido desde a infância. Nesse processo, é influenciado por múltiplos fatores, entre eles estão a genética, e o ambiente (os hábitos familiares, cultura, mídia, oferta e possibilidade de escolha do alimento). 

Sabe-se que o comer é mais do que uma ação para suprir necessidades fisiológicas, já que representa também uma das maiores fontes de prazer para o ser humano. A interação com o alimento começa desde cedo, quando ainda somos bebês, envolvendo desde sempre aspectos emocionais. Nesta fase do desenvolvimento, a alimentação está fortemente vinculada ao afeto e à sensação de proteção trazidos pelo contato com a mãe. Nessas complexas interações ao longo da vida, muitas pessoas acabam desenvolvendo a chamada "fome emocional". Comer quando está ansioso, sem fome, apenas para não "desperdiçar " ou como alívio de estresse são formas desse comportamento emocionalmente condicionado, que difere da chamada "fome física" entre uma refeição e outra. Nessas situações é importante se perguntar: "Eu estou realmente com fome?".

O comportamento alimentar é muito reforçador e acaba sendo usado como "válvula de escape emocional". Assim, é interessante pensar em atividades tão prazerosas quanto o comer para que o indivíduo tente fazer substituições quando estiver experimentando sensações e emoções desagradáveis. Sair para passear com o cachorro, ligar para um amigo, ir correr, ouvir sua música favorita são alternativas mais saudáveis e menos prejudiciais.


A terapia cognitiva comportamental pode ajudar ao desenvolver estratégias, como as apontadas acima, para lidar e reduzir compulsões, auxiliando assim na melhoria do comportamento alimentar do indivíduo. Como se trata de um fenômeno complexo e multifatorial, costuma-se fazer um trabalho de parcerias e encaminhamento para o nutrólogo, o nutricionista e o educador físico. 


O uso da internet e suas redes sociais rende muita polêmica quando falamos principalmente do público infantil. Eu adoro internet e suas infinitas possibilidades, por isso utilizo não só para pesquisa, mas dentro do consultório. O importante é sempre recorrer ao bom e velho bom senso. Devemos estar atentos ao tempo de uso, com certeza, mas negar os benefícios que a tecnologia pode trazer é lamentável. Assim, trago hoje  como dica o meu aplicativo/livro favorito: A trilha. Ele conta as sensações sentidas por Martim na sua jornada de bike através de imagens gráficas e sons. É muito lindo! Dá para usar a história com diversas finalidades terapêuticas. As crianças se envolvem com as peripécias vividas pelo personagem e a criatividade do terapeuta no setting pode render muitas intervenções bacanas. O app está disponível nas plataformas iOS e Android. 


Indico esse livro para terapeutas, pacientes e simpatizantes da terapia cognitivo comportamental. Numa linguagem simples, ele traz princípios dessa terapia para ajudar a vencer pensamentos e comportamentos derrotistas, bem como lidar com a ansiedade e a raiva, por exemplo. Ainda assim, não substitui uma boa psicoterapia. 



Muitas pessoas ao lerem o título desse post podem se assustar. Em tempos de múltiplas tarefas e muita correria, às vezes nos esquecemos da importância de parar e simplesmente não fazer nada. Falar isso me faz lembrar dos textos de filosofia em que os pensadores falavam sobre o ócio e seu papel. Como não sou expert em Filososfia, não sei se estamos nos referindo sobre a mesma coisa. De qualquer modo, como psicóloga, acredito que é importante desligar-se da rotina, do trabalho e das teimosas preocupações. 

Reservar esse tempo 'livre' é fundamental para estimular inclusive a criatividade, já que nosso cérebro continua 'trabalhando' nesses momentos. Nesse sentido, acredito que o segredo está no bom senso em saber organizar bem o nosso tempo, pois defendo o tempo livre e não o culto à preguiça. Se conseguirmos fazer isso, talvez não precisemos esperar de forma tão angustiada o fim de semana, as férias e o fim do ano com uma sensação de que  estamos esgotados. 






Mário Quintana



Das utopias


"Se as coisas são inatingíveis... ora!


não é motivo para não querê-las...


Que tristes os caminhos, se não fora


a mágica presença das estrelas!"



Que bom que há tantas estrelas e poetas e poesia!

Obrigada Quintana, você sempre me fez sorrir com suas palavras. 








O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM 5 reuniu o autismo infantil com outros transtornos do desenvolvimento (autismo infantil precoce, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento) no que chamou de espectro do transtorno autista (TEA).  

As manifestações do TEA variam muito dependendo da gravidade da condição autista, do nível de desenvolvimento e da idade cronológica. Os portadores do TEA apresentam como características essenciais dificuldades nos processos de interação social, atraso na linguagem, dificuldades e resistência a mudanças, bem como apresentam interesses restritos e comportamentos repetitivos. Esses sintomas estão presentes desde o início da infância, por volta dos 3 anos de idade, e trazem limitações e prejuízos ao funcionamento do indivíduo.

Alguns autistas apresentam sensibilidade sensorial mais desenvolvida e, por exemplo, podem ouvir sons que as outras pessoas não conseguem distinguir. Em outros casos, podem ter dificuldades com algumas texturas e sabores, o que pode prejudicar o comportamento alimentar, tornando-o bem restrito.  Além disso, podem apresentar algum tipo de problema de aprendizagem. Por outro lado, há autistas que tem uma capacidade de aprender determinadas áreas do conhecimento com mais facilidade do que muitos indivíduos sem essa condição. Muitos deles, com acompanhamento e tratamento adequado, poderão ter uma vida funcional.                                                                            
Fonte: American Psychiatric Association (2014). Manual Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM 5. Porto Alegre, Artmed.


Clin, A. (2007). Autismo e síndrome de Asperger: Uma visão geral. Associação Brasileira de Psiquiatria. Retirado em 14/10/2015 do site http://www.appda-norte.org.pt/docs/autismo/AutismoSindromeAsperger.pdf.